Este é um mês rico em constelações interessantes.

Logo após ficar escuro segure o mapa em suas mãos e vire-se para o norte (seu braço direito deve ficar apontando na
direção do nascente e o esquerdo, obviamente, na direção do poente).
 
 

Constelações:


Lado Norte do céu:



 

Virgem:


Ao olhar para o norte vê-se uma ponta da constelação do Leão e a outra da constelação de Virgem.  A meio caminho entre norte e leste (a  65° do horizonte) está uma estrela brilhante que chama-se Spica.  Neste ano Spica está muito próxima de Marte o que faz a sua identificação ainda mais fácil.

Para não variar a constelação não tem muito a ver com o que ela supostamente se parece com.  Veja no desenho que há uma caixa que serve de tronco e quatro partes que servem de pernas e braços.
 
 

Coma Berenices:


Ao norte da Virgem está a Cabeleira de Berenice.  Esta constelação é um dos (não tão) poucos casos em que as estrelas que a fazem têm realmente associação entre elas.  Esta constelação tem ainda outra peculiaridade interessante: atrás dela está um aglomerado de galáxias, um dos mais próximos de nós.  Várias galáxias desse aglomerado podem ser vista com um telescópio de 20cm em um lugar bem escuro.

A constelação tem este nome por ter um contorno não muito definido (como uma cabeleira) e isto se deve ao grande número de estrelas fracas que a compõe.
 
 

Corvus:


O Corvo é um quadradinho muito simpático que estará exatamente no zênite.  Suas estrelas são todas de magnitude entre 2.5 e 3.0 tornando-a uma constelação bastante visível.
 
 

Crater:


A Taça é composta de estrelas bem mais fracas que o Corvo e só será bem vista em um lugar escuro.  Sua estrela mais brilhante é de magnitude 3.6 e a maioria das outras é mais fraca que 4.5
 
 



 

Lado Sul do Céu:

Vire-se agora para o Sul (e não esqueça de virar o mapa!)
 

Crux:

A uns 30° do zênite estará lá uma crux, é o Cruzeiro do Sul.

O Cruzeiro do Sul é sem dúvida uma das constelações mais perfeitas.
A estrela mais brilhante chama-se Acrux ou Alfa Crux.  A segunda chama-se Mimosa ou Beta Crux.  Entre essas duas estrelas podemos notar uma região escura da Via-Láctea como se ali não houvesse estrelas.  Na verdade ali há matéria escura (poeira e gás neutro) que obstrui a visão de estrelas mais distantes na Via-Láctea.  Essa região chama-se saco de carvão.  Existem muitas outras dessas regiões na Via-Láctea essa é mais conhecida e notável por estar no meio de uma constelação famosa.
 

Centaurus:


O Centauro praticamente envolve o Cruzeiro.  Ao leste e mais abaixo que o Cruzeiro estão duas estrelas bem brilhantes, Rigil (não confunda com Rígel que fica no Órion) a Alfa Centaurus é a estrela mais próxima da Terra a uma distância de 4.2 anos luz.  Esta estrela é na verdade um sistema triplo, com duas estrelas muito próximas uma da outra e uma terceira estrela muito mais distante orbitando ao redor destas duas.  Esta terceira estrela é conhecida como próxima do Centauro e é a mais próxima de nós entre as três estrelas.  Qualquer telescopinho pode mostrar as duas estrelas centrais, enquanto um telescópio de uns 20cm é necessário para avistar a terceira estrela que é uma anã-vermelha de muito baixa luminosidade.
 
 

Musca:


A Mosca é uma constelaçãozinha meio insignifcante de várias estrelas de magnitudes entre 3 e 5.  Apesar destas estrelas serem bastante fracas elas se destacam do resto e formam uma constelação bastante "distinta".  Dizer que se parece com uma mosca seria exagero, mas é verdade que ela sugere uma forma aerodinâmica.